quarta-feira, 10 de junho de 2020

Alice no País das Maravilhas 1



Meu primeiro trabalho como diretora teatral no Colégio Sigma da 606 norte, Brasília - DF, foi em 2011. 

O desafio era apresentar um espetáculo com alunos do 6º e 7º anos à noite para os pais.

A minha primeira experiência como professora de teatro para crianças foi em uma outra escola e foi tão frustrante que eu pedi demissão quando a escola começou a me cobrar uma apresentação.

Mas eu 2011 eu não me via diante dessa escolha. Tinha uma família, um filho para sustentar e eu sou um tipo de pessoa que ama superar as dificuldades e frustrações... então fui com tudo (pedindo muita ajuda à minha chefe, na época, Márcia Furtado).

Os alunos estavam ensaiando Alice no País das Maravilhas para a apresentação de dança, e me pediram para que esse fosse o tema de nossa apresentação teatral. Topei essa proposta, afinal, sempre fui muito apaixonada pela obra de Lewis Carrol e vivi a incrível experiência de assistir mais de uma vez à montagem de "Alice Através do Espelho" da Armazém Companhia de Teatro lá pelos anos 2000, o que me garantia motivação e inspiração para concretizar este projeto.

Após muitos ensaios, fizemos um exercício de Leitura Dramática aberta para os alunos da escola, e uma apresentação gratuita para os pais.

Esta foi a adaptação teatral realizada, com a ajuda de alguns alunos e utilizando falas originais do livro e de algumas montagens cinematográficas:

Observação - Se for usar este texto para apresentar, lembre-se de me dar os créditos da adaptação dramatúrgica e de me avisar, tá?


CURSO INTEGRAL
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Livre adaptação do texto de Lewis Carrol

Produção – Márcia Furtado
Direção e dramaturgia – Dhenise Galvão

PERSONAGENS:
Narrador
Alice
Irmã da Alice
Coelho
Margarida
Lírio
Gato Cheshire
Tweedledee
Tweedledum
Chapeleiro Maluco
Camundongo
Lebre de Março
Rainha Branca
Rainha de Copas
Soldados de Copas
Sapos Lacaios
 Lagarta
  
• CENA UM.
Cenário: Árvores na porta do teatro, do lado de fora. Alice e sua irmã estão sentadas enquanto a plateia espera para entrar no teatro. Alice está sentada ao lado de sua irmã. Alice faz um colar de flores, entediada com o falar tagalerativo da irmã que lia um livro.
IRMà(lendo): Charles Lutwidge Dogson, mais conhecido como Lewis Carrol foi um romancista, poeta e matemático britânico. Nasceu na Inglaterra em 1832, no dia 27 de janeiro. Seus primeiros livros abordavam temas como geometria e álgebra...
Alice faz um bocejo.
IRMÃ: Alice! Você quer prestar atenção na biografia que estou lendo!
ALICE: Para que serve um livro sem figuras nem diálogos?
IRMÃ: Ouça Alice, há muitos e muitos livros nesse mundo sem figuras.
ALICE (distraída): Eu queria era fazer um colar de margaridas, mas só de pensar em levantar para colher as margaridas me dá uma preguiça.
IRMÃ: Alice? Está sonhando!
No meio da plateia surge o coelho com um relógio na mão, olhando as horas várias vezes e muito preocupado.
COELHO: Oh, Puxa, puxa, eu devo estar muito atrasado. Meu Deus, é tarde.
Alice vê o coelho.
ALICE: Ei, coelho (sussurra para a irmã não escutar) Aonde você vai?
COELHO: Para algum lugar.
Coelho entra no teatro. Alice vai atrás dele para dentro do teatro, mas sua irmã percebe.
IRMÃ: Alice, apareça já aqui!
A irmã da Alice sai para outra direção.
Entra o  narrador antes que as portas do teatro se abram e fala com a plateia.
NARRADOR - Vocês viram o que aconteceu? Vocês já viram um coelho de colete e com um relógio na mão? Acharam estranho? Alice não achou nada estranho. Agora vocês podem seguir a Alice, mas entrem todos, com muito cuidado, pois nunca se sabe o que vem pela frente.

• CENA DOIS.
As portas do teatro se abrem e a plateia pode entrar e se sentar. No palco, Alice está sentada com uma garrafa em sua frente escrito BEBA-ME e um pedaço de bolo escrito COMA-ME.
Alice espera todos entrarem no teatro. O coelho passa correndo por ela e entra no cenário.
Alice bebe o líquido e come um pedaço do bolo e as cortinas se abrem.
Atrás das cortinas, Alice encontra as flores.
ALICE: Alguém viu um coelho branco? Mas o que estou fazendo, aqui parece que só tem flores e eu falando sozinha. Ó que margarida mais linda, gostaria que pudesse falar!
FLORES: Pois podemos!
MARGARIDA: Quando há alguém com quem valha a pena conversar.
ALICE: E todas as flores podem falar?
LÍRIO: Tão bem quanto você. E bem alto.
MARGARIDA: E você poderia nos dizer por que está procurando um coelho branco?
ALICE: Porque nunca vi um coelho branco usando colete e segurando um relógio na mão. Fiquei tão curiosa e queria saber um pouco mais sobre ele.
LÍRIO (se dirigindo à Margarida, sobre Alice): Eu não me importo com a cor dessa menina, mas se pelo menos suas pétalas se encrespassem um pouco mais, tudo estaria bem com ela.
ALICE: Não estou gostando de ser criticada. E como vocês podem falar tão bem? Estive em muitos jardins, mas nenhuma flor podia falar. Agora preciso ir.

• CENA TRÊS.
NARRADOR \(carregando duas setas): E assim saiu Alice para procurar o Coelho Branco. Andou, e andou por um longo tempo, e sempre que a estrada se dividia ela encontrava duas setas apontando na mesma direção – uma dizia: Por aqui, casa de Tweedledum; e a outra, Casa de Tweedledee, por aqui. Alice resolveu dar uma chegadinha lá para descobrir algo sobre o Coelho Branco.
TWEEDLEDUM: Se pensa que somos bonecos de cera, deveria pagar ingresso, não é? Bonecos de cera não são feitos para serem vistos de graça.
TWEEDLEDEE: Agora, se pensa que somos vivos, você devia falar alguma coisa.
ALICE: Lamento muito, acreditem.
TWEEDLEDUM: Sei o que você está pensando, mas não é isso, de maneira alguma.
TWEEDLEDEE: Ao contrário, se era assim, podia ser; e se fosse assim, seria; mas como não é, não é. Isto é lógico.
ALICE: Eu estava pensando se vocês viram o Coelho Branco por aqui.
TWEEDLEDUM: Curiosa, você!
ALICE: Eu sou, e daí?
TWEEDLEDEE: A gente só perguntou. Aliás, a primeira coisa que a senhora deve fazer numa visita é dizer “Como vai?” e dar um aperto de mão.
Os gêmeos ignoram Alice e se cumprimentam, se dão um abraço e estendem as mãos para Alice. Alice aperta as duas mãos.
NARRADOR: E assim Alice aproveitou para sair dessa conversa maluca, meio emburrada com os gêmeos e seguiu caminhando em busca do Coelho Branco. Chegou a um local escuro e apenas escutou uma voz vinda de cima das árvores.

• CENA QUATRO.
GATA DE CHESHIRE: Miau, Olá!
ALICE: Gatinha de CHESHIRE, poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?
GATA DE CHESHIRE: Isso depende muito de para onde você quer ir.
ALICE: Não me importo muito para onde.
GATA DE CHESHIRE: Então não importa o caminho que você escolha.
ALICE: Contanto que dê em algum lugar.
GATA DE CHESHIRE: Você pode ter certeza de que vai chegar se você caminhar bastante.
ALICE: Bem, estou procurando um coelho branco.
GATA DE CHESHIRE: O chapeleiro maluco o conhece. Ele pode te falar onde ele está. Quer que eu te mostre o caminho?
ALICE: Sim, por favor.
NARRADOR - Eles caminharam muito até chegar perto da casa do chapeleiro. Quando chegaram, a gata desapareceu lentamente, começando pelo final do rabo e terminando pelo sorriso que permaneceu por algum tempo depois de o resto sumir. Alice pensou que um sorriso sem um gato era a coisa mais curiosa que ela tinha visto. 

• CENA CINCO.  
NARRADOR – Chegando na casa do Chapeleiro, ela viu uma mesa arrumada, onde a Lebre de Março, o Chapeleiro Maluco e o Ratinho estavam tomando um chá.
CHAPELEIRO MALUCO: Não tem lugar! Aqui não tem lugar!
ALICE: Boa tarde! Aqui tem muito lugar! Você deve ser o Chapeleiro Maluco, não é? A Gata me disse que você me ajudaria a achar o Coelho Branco.
CHAPELEIRO MALUCO: Oi! O coelho? Você aceita uma xícara de chá?
LEBRE DE MARÇO: Tome um pouco de suco de uva!
ALICE: Mas eu não vejo nenhum suco uva.
LEBRE DE MARÇO: Não tem nenhum mesmo.
ALICE: Então não é muito educado da sua parte oferecer!
CAMUNDONGO: (acordando) É claro, é claro, é justamente o que eu ia dizer.
LEBRE DE MARÇO: E não é educado sentar-se sem ser convidada.
ALICE: Sim, aceito. Então, onde ele esta?
CHAPELEIRO MALUCO: Eu não sei. Hoje é seu aniversário?
ALICE: Não.
CHAPELEIRO MALUCO: Então, minha querida, feliz desaniversário!
LEBRE DE MARÇO: Hoje é o de... sani... versário dela?
CAMUNDONGO: É sim. Vamos cantar uma música.
TODOS: Feliz desaniversário pra você, pra você, pra você.
COELHO: Oh, minhas orelhas! Ah, minhas orelhas estão no lugar. Nossa, como está ficando tarde.
CHAPELEIRO MALUCO: O Coelho! O Coelho!
ALICE: É verdade! O Coelho! Hei, Coelho, volte aqui.
COELHO: Puxa vida, eu não posso, ela vai me matar se a fizer esperar. (Sai).
ALICE (levantando-se): Bem, muito obrigada pelo chá maluco, senhor Chapeleiro!
CHAPELEIRO MALUCO: Chá?
LEBRE DE MARÇO: Maluco?

• CENA SEIS.  
NARRADORA – Enquanto Alice tentava apenas fugir daquela conversa maluca, no castelo de copas a Rainha desconfiava de seus Sapos Lacaios. A Rainha sempre desconfiava de alguém, isso quando não desconfiava de tudo e de todos.
RAINHA DE COPAS: Alguém roubou a minha torta de frutas vermelhas. Foi você?
SAPO 1: Não, por favor, Vossa Majestade, não fui eu. Ninguém pode provar que fui eu.
RAINHA DE COPAS: Se você não comeu, apenas torna a situação pior para você. Pois com certeza você estava fazendo alguma coisa de errado enquanto alguém comia a minha torta. (Para o Sapo 2) E você? O que você sabe a respeito do caso?
SAPO 2: Nada!
RAINHA DE COPAS: Nada de nada?
SAPO 2: Nada de nada!
RAINHA DE COPAS: Isso é muito importante!
SAPO 1: Desimportante é o que Vossa Majestade quer dizer, claro!
RAINHA DE COPAS: Desimportante, é claro, foi o que quis dizer. (A Rainha continua refletindo) Importante... Desimportante... Desimportante... Importante...
SAPO 2: Mas isso não tem a menor importância!
RAINHA DE COPAS: Foi você! Tem um pedaço de torta na sua boca!!! Essa é a prova mais importante que temos aqui e isso prova a sua culpa, logicamente! Portanto, cortem-lhe a cabeça!

• CENA SETE.  
NARRADOR: Enquanto a Rainha discutia com seus Sapos-Lacaios para saber quem roubou sua torta, Alice saiu de fininho daquela conversa maluca, atravessou o bosque e viu um lindo castelo branco, cheio de cristais. Aproximou-se mais e tocou a campainha.
RAINHA BRANCA: Olá, docinho, o que deseja?
ALICE: Olá, moça! Estou procurando um coelho branco.
RAINHA BRANCA: O mensageiro da minha irmã, a Rainha de Copas.
ALICE: Tem como você me levar lá?
RAINHA BRANCA: Não, nós nos odiamos.
ALICE: Você pode, pelo menos, me levar até a porta do castelo?
NARRADOR: O que Alice não tinha entendido direito é que estava falando com a Rainha Branca, uma Rainha doce e muito inteligente. A Rainha Branca, era, além de tudo, viciada em charadas e em versos.
RAINHA BRANCA: Escute, minha querida Alice, posso leva-la ao castelo da Rainha de Copas, mas apenas se você adivinhar esta charada:
Um tipo de peixe que pode ser pescado até por um bebê, creio eu. Para cozinhar este tipo de peixe não leva mais de um minuto. Coloque ele no prato, isto é fácil, porque ele já está lá...
Agora, tirar a tampa que cobre este peixe é tarefa tão difícil que acho que você não vai conseguir. A tampa dele se agarra como cola. A tampa está colada ao prato e o peixe está lá dentro! Agora me diga, o que é mais fácil, descobrir o peixe ou a charada?
ALICE: Já sei! Vossa Majestade, se trata de uma ostra!!!!!!
RAINHA BRANCA: Certo, querida Alice, você acertou, me acompanhe, vou levar você ao castelo que procura.
NARRADOR: Elas caminharam e conversaram muito durante o caminho. Chegaram ao castelo da Rainha de Copas e se despediram! Alice bateu na porta e foi atendida por um soldado. Este a levou para falar com a Rainha de Copas.

• CENA OITO.  
RAINHA DE COPAS: Entre já!
ALICE: Olá, majestade! Gostaria de falar com o Coelho Branco.
RAINHA DE COPAS: Ele não está, volte mais tarde, antes que eu corte sua cabeça!
NARRADOR: Alice, assustada, saiu e foi para os jardins do castelo, lá viu os soldados pintando rosas brancas em vermelhas.
SOLDADO DOIS: Cuidado, cinco! Não jogue tinta em mim!
SOLDADO CINCO: Eu não tive culpa, o Sete empurrou meu cotovelo!
SOLDADO SETE: Muito bem, Cinco! Sempre colocando a culpa nos outros!
SOLDADO CINCO: É melhor você não falar nada, ontem mesmo eu ouvi a Rainha dizer que você merecia ser decapitado!
SOLDADO DOIS: Por quê?
SOLDADO TRÊS: Não é da sua conta, Dois!
ALICE: Posso ajudar?
SOLDADO TRÊS: Sim, venha! Toma os pincéis e a tinta vermelha.
ALICE: Mas vocês podem me dizer por que estão pintando essas rosas?
O Cinco e o Sete não responderam, mas olharam para o três. Este começou a explicar em voz baixa.
SOLDADO TRÊS: Sabe, menina, aqui devia estar uma roseira vermelha, mas nós nos enganamos e plantamos algumas brancas.
SOLDADO CINCO: Se a Rainha descobrir manda cortar nossa cabeça, entende?
SOLDADO SETE: Por isso, estamos fazendo o melhor que podemos, antes que ela venha para...
ALICE: Entendi. Bem, vou ajudar vocês para andar mais rápido.
NARRADOR: A Rainha de Copas decidiu andar pelo jardim e viu os soldados e Alice pintando as rosas. A Rainha ficou enfurecida e deu um grito assustador.
RAINHA DE COPAS: O que é isso?
SOLDADO SETE: São as rosas de Carmim, Vossa Majestade.
RAINHA DE COPAS: Vocês a pintaram de vermelho! Cortem a cabeça de todos!

• CENA NOVE.  
LAGARTA: Não façam isso!
RAPINHA DE COPAS: Quem acha que eu não devo cortar as cabeças desses soldados?
ALICE: Eu acho que...
LAGARTA (para Alice): Quem é você?
ALICE: Eu não sei muito bem – eu sabia quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que mudei demais.
RAINHA DE COPAS: O que você quer dizer com isso? Explique-se!
ALIC: Eu não posso explicar, Majestade, porque eu não sou eu mesma, vê?
LAGARTA: Eu não vejo.
ALICE: Eu mesma não consigo entender, ter tamanhos diferentes em um dia é muito confuso, conhecer pessoas tão estranhas e malucas, tudo isso é muito confuso.
LAGARTA: Não é, isso é normal até demais.
ALICE: Bem, talvez você não ache isso ainda, mas quando virar uma borboleta você vai se sentir estranho, não vai?
LAGARTA: Nem um pouco.
ALICE: Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes.
LAGARTA: Você! Quem é você? Ainda não me disse.
NARRADOR: A conversa de Alice com a Lagarta parecia voltar novamente para o início, o que deixou Alice bastante irritada com essas pequenas observações. Alice estava muito chateada e pensando em ir embora.
LAGARTA: Espere! Volte! Tenho algo importante para dizer. Mantenha a calma. Então você acha que mudou, não é? De que tamanho você quer ser?
ALICE: Eu não ligo para qual tamanho, apenas um que não fique mudando sempre.
SAPOS 2 e 3: Majestade, eles te desobedeceram.
LAGARTA: (gritando muito nervoso) Eu já disse! Mantenham a calma! Todos merecem uma segunda chance!
SAPOS: Não, majestade, corte a cabeça.
LAGARTA: Não!
NARRADOR - Alice saiu correndo com medo. Viu sua cama e correu mais ainda.

• CENA DEZ - FINAL.  
IRMÃ: Acorda, Alice!
ALICE: Oh, foi um sonho.
IRMÃ: Nossa, que sono pesado você teve!
ALICE: Puxa, que sonho estranho eu tive.
NARRADOR: Alice contou para sua irmã, tão bem quanto pôde lembrar, as estranhas aventuras que vocês acabaram de ver. Sua irmã escutou atentamente, mas não levou muito a sério.
IRMÃ: Foi um sonho curioso, certamente, querida irmã, mas agora apresse-se, pois estamos na hora do chá.
NARRADOR: E Alice assim se apressou para tomar o chá que tanto gostava, pensando que realmente tinha tido um sonho maravilhoso. Mas sua irmã não se levantou. Ficou sentada ali imaginando o sonho de Alice, e de repente cochilou. E começou a sonhar. Primeiro via o Coelho Branco, e logo depois as Flores Falantes, depois aparecia a Rainha, e junto dela seus soldados e seus sapos, e a Rainha Branca, viu também os Gêmeos Twedledee e Twedledum, e o Chapeleiro, a Lebre, o Camungondo dorminhoco e a Gatinha Cheshire e por último, a Lagarta... e finalmente ela imaginou como sua irmãzinha, Alice, no futuro, se transformaria em uma mulher adulta mantendo sempre seu coração simples e afetuoso da infância, lembrando sempre de suas histórias fantásticas do sonho com o País das Maravilhas.
(Todos os personagens estão em cena, enfileirados, e agradecem juntos à plateia. Alice entra por último e vem à frente).
FIM



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