quarta-feira, 10 de junho de 2020

Tablado da Jornada Ampliada


Enfim, chegou 2018. Um ano em que me senti em recuperação.
Procurando seguir todas as orientações da minha coordenadora Daiane Farias, me dediquei a montar uma peça utilizando uma autora segura e totalmente apropriada para o teatro infantil: Maria Clara Machado.

Foi exatamente com Maria Clara Machado e sua cartilha A Aventura do Teatro que me deparei com a linguagem teatral e dramaturgia pela primeira vez. Foi a minha primeira teoria teatral, quando eu estava na Quinta Série, atual Sexto Ano do Fundamental, e a professora de Português nos propôs esse estudo e apresentação. 

Minha apresentação na ocasião foi um fiasco. Acho que eu falei para dentro, morri de vergonha e fiquei tão encostada na parede que, se eu pudesse, me transformaria em uma parte da parede ou do quadro negro.

Então acredito que encontrei o momento perfeito para explorar o universo não mágico e criativo da autora de O Rapto das Cebolinhas, Pluft o Fantasminha e A Bruxinha que era Boa.

Maria Clara Machado faz poesia em forma de teatro para crianças. 

E munida de tanta inspiração, escolhi cada peça que achei que seria mais apropriada para cada turma. Levando em consideração que agora eu trabalharia com crianças a partir do Infantil 3 até o Quinto Ano.

E foi assim que consegui apresentar um dos meus melhores trabalhos.

Um agradecimento especial para a minha amiga, parceira e colega Lorena Dantas que entrou em cena com o primeiro ano para interpretar o Vento, de A Menina e o Vento.

Segue a versão da minha adaptação ao teatro de Maria Clara Machado para apresentação na escola, gratuita e exclusiva para os pais.

Lembrem-se que, não temos os direitos autorais sobre as obras, portanto, só podem ser utilizadas para fins didáticos. A adaptação foi de minha autoria e se alguém aqui quiser montar, deve me avisar, ok?



O TABLADO DA JORNADA AMPLIADA
Um Tributo a Maria Clara Machado
Texto completo
Apresentação dia 05/10/2018

CENA 1
Entram os alunos do 3º ano com roupas formais de apresentadores e cartões de apresentação nas mãos.

FELIPE BROMBAL, LUCAS, LUCIANA, RAFAELLA e SARAH – Boa noite, senhoras e senhores! Respeitável público!! É com muito prazer que nesta noite apresentaremos as peças mais famosas de Maria Clara Machado!
LUCAS – Ela nasceu em Minas Gerais em 1921.
RAFAELLA – É, mas ela mudou para o Rio de Janeiro quando ela ainda era criança!
SARAH – Pois é, ela começou sua carreira com teatro de bonecos.
LUCIANA – Em 1950 ela foi estudar teatro em Paris! Que chique!!!
RAFAELLA – Quando ela voltou para o Brasil ela criou o Tablado no Rio de Janeiro.
LUCIANA – O que é Tablado?
FELIPE – Tablado é uma das escolas de teatro mais importantes do Brasil.
LUCAS – A primeira peça será A Coruja Sofia.
SARAH – É a história de uma coruja que sabe de tudo. Aí as pessoas da cidade tentam ganhar dinheiro com a sabedoria dela.
TODOS – Com vocês, os alunos do Infantil 3 e 4 em a Coruja Sofia.


A CORUJA SOFIA
INFANTIL 3 E 4
Sons de floresta feitos pelas crianças. Crianças entram de sementinha para se transformar em árvores.
Nessa peça as crianças têm um bichinho de pelúcia para representar seus personagens.
Entra o passarinho Quero quero
QUERO QUERO (João) – Quero quero ir pra cidade!
TODOS – Quero quero, quero ir pra cidade!
CORUJA (Ana Cecília) – Então vá seu quero-quero! Que na cidade as pessoas não param de querer!
Saem todos e entram os sapos, um de cada lado, pulando.
SAPO 1 (Letícia) - Vamos ver quem pula mais alto!
SAPO 3 (Manu) – Eu hein, você parece uma rã!
Saem os sapos.
Entram os coelhinho filhotes (TODOS): Ninguém me pega! Risos
Música – pulando e saltando de cá para lá melhor brincadeira no mundo não há pra baixo e pra cima nós vamos pular depois deixa tudo de pernas pro ar
Coelhinhos fogem. A Coruja vê tudo do centro do palco. Entra a Coelha Mãe para falar com a Coruja.
COELHA MÃE (Geovana) – Dona coruja, eu perdi os meus filhotes. Dona Sofia, pode me ajudar!
CORUJA – Calma, tenha paciência que eles já já vão voltar. Deixe que eles corram.
Os coelhinhos voltam, um a um, abraçam a mamãe e sentam-se perto dela.
COELHA MÃE – Muito obrigada. A senhora sabe das coisas.
Saem a mamãe com seus filhotes.
Entra a tigresa filhote e depois alguns tigres adultos.
TIGREZA 1 (Catarina) – É minha. Ela é minha.
TIGREZA 2 (Manuela) – É minha, ela é só minha!
FILHOTE TIGRE (Maitê) – Deixa a coruja resolver
CORUJA – Vamos dividir ela no meio?
MAMÃE TIGREZA 1 (Catarina) – Não, não, se dividir vai machucar.
TIGRE (Arthur) – Tem razão, pode levar que a filha é sua!
Saem os tigres. Entram as crianças pulando como sapos.
SAPO 1 (Enzo) – Dona Coruja, quem é que pula mais alto?
SAPO 2 (Nicolas) – Sou eu quem pula mais alto!
DONA CORUJA – Quem pula mais alto é o canguru.

Entram pessoas da cidade pulando para dentro do palco interpretadas pelos alunos do Infantil 4 (Valentina, Cássia, João, Henrique e Lucas). As crianças do Infantil 3 ficam estátuas.

SEGUNDA PARTE – INFANTIL 4
MENINAS – Viu só, ela sabe de tudo! Já imaginou ela na cidade?
MENINOS - Ela sabe de tudo!
TODOS – Será que adivinha tudo?
MENINOS – Será que ela sabe os números da loteria?
MENINAS – Isso não, na floresta não tem loteria.
HENRIQUE – Poxa, eu não vou ficar milionário.
MENINAS – É que a coruja pertence à natureza.
MENINOS – Ela pertence há floresta!
TODOS – Viva!
TODOS DÃO AS MÃOS E CANTAM – A paz voltou para a nossa floresta! Viva a alegria. Viva a Coruja Sofia!!

CENA 2
Voltam os alunos do 3º ano aplaudindo a apresentação. Prontos para falar novamente.
LUCIANA – Muito bonitinho né, gente! Eles são tão pequeninhos!!!!!!
RAFAELLA – Dá vontade de apertar!
FELIPE – A próxima peça é muito conhecida no Brasil por tratar de uma visão do mundo autêntica.
LUCAS – É a história da menina Maria, que conhece a verdadeira verdade.
RAFAELLA – Deixa que eu explico: vamos ver uma peça muito famosa que conta a história de uma menina chamada Maria.
LUCAS – Ela foi brincar na gruta do Vento junto com suas irmãs.
LUCIANA - E ela ficou amiga do Vento e viajou com ele por todo o Brasil.
SARAH – Que lindo! Parece poesia!
TODOS – Com vocês, o primeiro ano em A Menina e o Vento.


A MENINA E O VENTO
1º ANO
Alunos de terça-feira – Beatriz, Lucas, Alice, Matheus e Júlia Ulhoa
Alunos de quinta-feira – Julia Ulhoa, Matheus, Marcela

Bia (Alice), Maria (Júlia) e Gigi (Beatriz) são irmãs brincando –
BIA (Alice) – Corre, corre! Corre rápido, vamos!
TIA MARCELA – Bia, Maria, Gigi, voltem já aqui!!!!
GIGI (Beatriz) – Vamos logo antes que a nossa tia venha!
TODAS – Vamos!

Meninas chegam na cova do Vento.
VENTO (Lorena) acordando – Que barulho é esse? Eu estou dormindo!
Vento acorda
GIGI (Beatriz) – Quem é você?
VENTO – Eu sou o Vento.
MARIA (Julia Ulhoa) – Eu nunca vi um vento tão dorminhoco!
VENTO – Eu nunca vi meninas tão barulhentas! Vou mandar vocês pra China!
BIA (Alice) – Que vento mal educado!
VENTO – A é, mal educado?
Vento sopra Gigi e Bia para fora
MARIA (Julia Ulhoa) – Brisa vento ventinho pode soprar espertinho...
Não tenho medo de ventania. Só receio a minha tia.
VENTO – Quem é você?
MARIA (Julia Ulhoa) – Sou Maria e também sei soprar.
VENTO – Tão fraquinho. Você quer voar comigo e conhecer o Brasil?
MARIA – Quero!
Musica para voo – saem de cena o vento e Maria. Entram no palco Gigi, Bia, Tia Marcela e Matheus.
GIGI (Beatriz) – Foi aqui, no meia da ventania.
BIA (Alice) – A Maria ficou amiga do Vento.
TIA MARCELA – Vocês vieram na cova do vento?
MATHEUS – Então a Maria viajou com o Vento?
GIGI (Beatriz) – Vejam, ela mandou uma carta!
MARCELA – Deixa eu ler: Tia Marcela, não fique aflita, estou voando por aí.
BIA (Alice) (pegando a carta) – Conheci a dona ventania e sua filha brisa.
MATHEUS – O Vento é meu amigo e na cacunda dele tenho visto coisas lindas no nosso Brasil.
GIGI (Beatriz) – É a letra dela mesmo. E se ela virar brisa do mar.

Entram Maria e o Vento.
MARIA – Tia Marcela, irmãs, meus amigos! Receberam a minha carta? Vento, se eu pudesse te prenderia em um potinho!
TIA MARCELA – E a gente podia viajar de graça pelo mundo inteirinho!
MATHEUS – Vento podia levar a gente para o Estados Unidos!
TODOS – Mas não se prende o vento. Não se prende o vento!
Todos dão as mãos e agradecem juntos.

CENA 3
Voltam para apresentação os alunos do 3º ano –
LUCAS – A próxima história que vocês irão assistir é sobre uma bruxinha que era boa.
LUCIANA – Numa escola de bruxarias existia uma bruxa que não sabia fazer nada errado.
SARAH – Então, um belo dia... A bruxa estava na floresta e conheceu o Pedrinho. Ela ficou amiga dele.
FELIPE – E é descoberta por ser do bem e vai presa.
SARAH – Com vocês, a bruxinha que era boa.
RAFAELLA – Mas essa história vai ser ao contrário! É um menino que vai interpretar o bruxinho bom.
TODOS – Então, com vocês, o segundo ano em O Bruxinho que era bom.
RAFAELLA e LUCIANA – Ou qualquer coisa parecida.

O BRUXINHO QUE ERA BOM
2º ANO
Na floresta os personagens fazem um concurso de risadas
CARLOS - Muito bem! Muito bem! Quase todos muito bem! Menos você Ash Greninja.
FELIPE e PABLO - Muito bem! Com bruxos como você, a feitiçaria está salva no mundo.
VITOR e AQUILES - Chegou a hora de cavalgar nas vassouras.
ESTEVÃO - Que bom! Que bom!
CARLOS - Por que ele está tão alegre?
VITOR e AQUILES - É a única coisa que ele gosta de fazer.
FELIPE e PABLO – Qual a melhor coisa do mundo?
ESTEVÃO – Deve ser andar de vassoura a jato, lá por cima, no céu, perto das árvores maiores!...

(Entram fadas cantando.)
JÚLIA ZANOTTA – Estou tão cansada! Eu acho que voei demais! 
LUIZA PEDROSA – Ainda bem que conseguimos comida para todo o inverno.
LETÍCIA – Os seres mágicos da floresta vão ficar muito felizes.
CAROL E ISABELA – Vamos brincar que somos borboletas.
ANA LUIZA – Vamos, adoro voar como borboleta!
CARINE – Ah, quanto sono. Vamos dormir um pouco?
TODAS – Vamos!
Brincam e dormem

Chegam os bruxos
CARLOS – Vejam, essas fadas estão dormindo.
FELIPE e PABLO – Vamos mexer nelas!
ESTEVÃO – Cuidado para elas não se machucarem.
VITOR e AQUILES – Vamos pegar as varinhas delas.
Carlos, Felipe e Vitor conseguem sair. As fadas acordam e encontram Estevão no palco.
LETÍCIA – Vejam, um bruxo! Ele quem pegou nossas varinhas!
ANA LUISA, CAROL e ISABELA – Sumiram até as flores da floresta.
LUISA PEDROSA – Pensam que temos medo de você?
CARINE – Seu covarde!
JÚLIA ZANOTA – Quero saber onde estão nossas varinhas!

ESTEVÃO – Eu não sei! De verdade!
LETÍCIA– Sabem sim, seu levado.
ESTEVÃO – Mas eu não sei fazer nada errado!
JÚLIA ZANOTTA – Vai ver vocês nem são bruxos.
ANA LUIZA – Eu também não gosto de nada errado.
ISABELA E CAROL – Você pode me emprestar sua vassoura?
LETÍCIA – É, a gente sabe voar, mas nunca voamos em vassouras!

Entram Carlos, Felipe e Vitor
CARLOS – Eu estou muito zangado. Eu vi tudo.
TODOS – Você emprestou a vassoura? Vai para a Torre de Piche! A Torre de Piche, a Torre de Piche, a Torre de Piche, a Torre de Piche!  Batem palmas compassadas sempre repetindo
                                                                                                           
ESTEVÃO – Tive uma ideia, eles não podem escutar música de fadas.
CARINE – Apenas a música pode congelar todos os bruxos!!!
LETÍCIA – E se você não congelar, então você não é um bruxo.
FADAS – Vamos cantar uma música!
CARINE – Cantando – “Foi um livro mágico que me enviou / Agora eu voo pelos céus de Centopia
Ando passo a passo, sem olhar pra trás / Esse lugar é incrível demais!”

JÚLIA, ANA LUIZA, CAROL E LUIZA – cantam Fico Assim sem Você.
Letícia passeia com a varinha e congela os bruxos.

BRUXOS - Pára esta música... para esta música...
Em câmera lenta os bruxos congelam

TODAS AS FADAS – Todos já podem brincar na floresta... Eles estão congelados!
ESTEVÃO – Para sempre!
Todos dão as mãos e agradecem
FIM

CENA 4
Entram Luciana, Rafaella, Lucas, Sarah e Felipe Brombal
LUCIANA – Acho que a gente tá enrolando muito em cada apresentação. Vamos ser rápidos?
FELIPE Falando bem rápido – Com vocês o quarto ano em O Rapto das Cebolinhas.
TODOS – Hein?
Felipe repete bem rápido.
RAFAELLA – Calma, Felipe! Era uma vez alguns fazendeiros que cuidavam de cebolinhas mágicas.
SARAH – Essas cebolinhas começaram a sumir.
LUCAS – Então eles contrataram dois detetives.
FELIPE respirando fundo e falando calmamente – Com vocês, o quarto ano em O Rapto das Cebolinhas!!!

RAPTO DAS CEBOLINHAS
                                                                4º ANO
CORONEL LUIS – Sumiu!
CORONEL SOFIA – Socorro! Socorro!!! Quem teve coragem de arrancar o pé da mais preciosa cebolinha que existe no Brasil?
GATINHA – Miau, miau
CORONEL MARIA EDUARDA – Pegaram nosso pé de cebolinha! Quem terá sido?
CORONEL SOFIA – Gáspar! Gaspár!!! Gaspar é o vigia da horta.
GASPAR – Duda – uau uau
CORONEL LUIS – Gaspar, quem arrancou meu pé de cebolinha?
GASPAR – Auau (dizendo que não sabe)
CORONEL MARIA EDUARDA – Onde estão nossos netos?
NETO HUGO – Você chamou, vovó?
NETA MARIA BEATRIZ – Por que vocês estão tão nervosos?
CORONEL SOFIA – Arrancaram o pé de cebolinha!
CORONEL MARIA EDUARDA – Precisamos ir à cidade contratar um detetive!
CORONEL LUIS – Vamos buscar nossos documentos.
Saem os coronéis

Entram os detetives
CAMALEÃO ALFACE – Lucas – Ô de casa, onde estão os coronéis?
ONÇA ABACAXI – Júlia – Precisamos muito falar com os proprietários!
NETA LETÍCIA – Os nossos avós estão se vestindo, pois eles vão à cidade.
NETA MARIA BEATRIZ – Eles vão contratar um detetive.
CAMALEÃO – Dois detetives! Pois eles não sabem que eu, Camaleão Alface, e a minha parceira Onça Abacaxi somos formados em curso de investiga profiça!
NETO HUGO – Os senhores tem diploma?
CAMALEÃO – Está aqui (tirando um diploma imenso da bolsa)
NETA LETÍCIA – Esse diploma é imenso, seu Camaleão Alface!
CAMALEÃO ALFACE E ONÇA ABACAXI – Com licença, kids e cachorro, que nós agora vamos investigar.

Entram os coronéis trazidos por Gaspar.
CORONEL LUIS – Quanto vocês vão cobrar?
ONÇA ABACAXI – Nada não, só queremos a amizade de vocês.
CAMALEÃO ALFACE – E uma banana! Darei a vida para descobrir o mistério da cebolinha!
CORONELA SOFIA – Muito obrigada, vejo que os senhores são nossos amigos.
GATINHA – Miau miau
CORONELA MARIA EDUARDA – E protetores das plantas!
Detetives conseguem colocar a culpa no Gaspar
DETETIVE CAMALEÃO – Não saiam de casa! Nós vamos investigar agora. Isso é muito perigoso.
DETETIVE ONÇA – É mesmo, tem que concordar com ele, confiem em nós!!!
CORONEL SOFIA – Tudo bem, iremos ficar em casa.
CORONEL MARIA EDUARDA – Todos fiquem em casa, os detetives estão investigando agora. Eles disseram que pode ser perigoso.
CORONEL LUÍS – Quem manda nesse jardim essa noite serão os detetives.

NETA LETÍCIA– Ih, não gostei nada dele!
NETA MARIA BEATRIZ – Ele estava com cara de que já sabia de tudo.
NETO HUGO – Tenho uma ideia, um ladrão volta sempre ao local do crime.
.GASPAR – concordando com Hugo – Au au...
NETO HUGO – Sussurrando Vamos investigar escondidos.
GASPAR – Auauauau
LETÍCIA e MARIA BEATRIZ – Vamos fingir que somos os suspeitos!
É noite – todos usam uma capa - Ordem de entrada – Hugo, Letícia, Maria Beatriz, Duda, Lucas e Júlia. Os detetives conseguem colocar um pé de cebolinha amarrado no Gaspar
CAMALEÃO E ONÇA – Vamos chamar os coronéis. Descobrimos o culpado!!!
Entram os coronéis
CORONELA SOFIA – Que bagunça toda é essa?
GATINHA – Miau miau
CORONELA MARIA EDUARDA – Gaspar, eu não acredito que você fez isso, você é quem roubou as cebolinhas?
GASPAR – auauau
CORONEL LUIS – Como você pode fazer isso?
NETAS – Tenho certeza que não foi o Gaspar. Ele nunca faria isso!!!
NETO HUGO – Eu acho que foram esses detetives. O Gaspar estava ao nosso lado o tempo todo.
DETETIVES – Vocês não tem provas que fomos nós. Vamos investigar nessa noite e descobriremos.

Netos se disfarçam de espantalho e desmascaram os detetives
CRIANÇAS – Vovô!!! Vovó!!! Conseguimos, descobrimos!!!
DETETIVES – Nos larguem, sai pra lá... Seu jumento, seu cachorro... Vamos provar que vocês são ladrões...
CORONEL LUIS – O que foi?
CORONEL SOFIA – Pegaram o Gaspar?
CORONEL MARIA EDUARDA – Com a pata na cebola?
Crianças entram com os detetives presos
TODOS OS CORONÉIS – O quê? Os senhores? Os senhores que se diziam nossos amigos?

TODOS OS NETOS – Vejam os terríveis ladrões de nossa horta! O Detetive Camaleão Alface. E a Detetive Onça Abacaxi!
Entram Luciana e Rafaella como policiais para segurar os detetives como se fossem leva-los à delegacia.
TODOS OS CORONÉIS – Vocês foram todos muito corajosos!
GASPAR – Au au (como se perguntasse – E eu?)
CORONEL LUIS – Você inclusive, Gaspar!!
CORONEL SOFIA – Agora vamos todos dormir em paz.
CORONEL MARIA EDUARDA – Boa noite netinhos detetives!
TODOS – Boa noite a todos!
Todos dão as mãos e agradecem
FIM

CENA 5
Entram novamente Felipe, Luciana, Rafaella, Lucas e Sarah.
FELIPE – Agora a última cena da noite.
LUCIANA – Ah, tava tão legal.
RAFAELLA – Mas tudo que é bom tem sempre um final.
LUCAS – E tem que ser um final feliz.
SARAH – Ou será que não?
LUCAS – A última história é a mais complexa.
SARAH – É a história de um fantasminha que tinha medo de gente.
LUCIANA – Eu acho que é ao contrário, porque são as pessoas que têm medo dos fantasmas.
LUCAS – Nessa história os fantasmas são muito bonzinhos.
LUCIANA – Ah, tá, legal!
RAFAELLA – Alguns piratas querem que as netas do Capitão ajudem a encontrar o tesouro do Navio. E é quando elas conhecem os fantasminhas amigos.
FELIPE – Sabiam que essa peça foi traduzida para o inglês, espanhol, alemão e até francês?
SARAH – Com vocês o quinto ano em –
FELIPE – Plouft, le petit fantôme.
TODOS – Ou, Pluft, o fantasminha!
LUCIANA – Versão brasileira: Maria Clara Machado.

PLUFT, O FANTASMINHA
5º ANO
Música do star wars

NARRADORA – Há muito tempo atrás, em uma praia muito distante, os Piratas Perna de Pau estavam em busca do tesouro do Capitão Bonança e queriam que suas netas ajudassem a encontrar este tesouro. Os marinheiros estavam em busca das meninas e dos Piratas com o tesouro. A única esperança estava com a família fantasma que habitava o sótão da casa do Capitão Bonança.

Na plateia os marinheiros com velas e mapas
SEBASTIÃO – Deve ser aqui!! Veja o mapa, Julião!
JULIÃO – Mas você é o encarregado pelo mapa!
SEBASTIÃO – Uma casa perdida na areia branca perto do mar verde...
JULIÃO – Estou vendo um mar calmo com algumas ondinhas brancas.
SEBASTIÃO – Precisamos salvar as netas do nosso grande capitão Bonança!
JULIÃO – Precisamos salvar o tesouro das netas do grande capitão Bonança!
AMBOS – Viva o grande capitão Bonança!

NARRADORA – Enquanto isso, no sótão da casa, a família fantasma conversa sobre os humanos.

 (mãe, tia, amiga, irmã 1, irmã 2 e Pluft e tia Camile)
PLUFT – Mamãe, gente existe?
MÃE – Claro que sim, Pluft.
TIA VIVI – Mas que pergunta boba!
PLUFT – Eu morro de medo de gente. E acho que ontem eu vi umas pessoas lá embaixo.
AMIGA – Mas que bobagem, Pluft.
PRIMO XISTO – São as histórias que a Tia Camile conta pra você!
TIA VIVI – Olha as coisas que a Tia Camile trouxe do mar!
A amiga traz vários objetos e roupas.
AMIGA – Por que a Tia Camile não trabalha mais no mar?
PRIMA – O mar perdeu a graça para ela.
PLUFT – Vamos brincar? Finge que eu sou gente! Tá comigo! brincam
TIA VIVI – Vejam! É verdade, lá vem gente!
MÃE – Vou ligar pra Prima Bolha! (Fala no telefone com Prima Bolha)
AMIGA – Tia Camile, acorda, está chegando gente aqui!
TIA CAMILE – Me deixa! Tô com sono!!

 NARRADORA – A família para pra escutar. Ouve-se barulho de pegadas e o canto dos Pernas de Pau.
Música do Bob Esponja
NARRADORA – Pela porta do sótão entram 2 piratas empurrando 5 meninas. Os piratas amarram as meninas e tiram um mapa da sacola.

Pirata Perna de Pau e as 5 meninas
PERNA-DE-PAU 1 – É aqui mesmo.
PPP2 – Foi aqui que o Capitão Bonança escondeu o tesouro.
PPP1 – As netas do Capitão Bonança vão navegar com o Capitão Perna de Pau...
PPP2 – Vamos ali buscar a lanterna... Navegar... navegar...
PPP2 – risada estranha
PPP1 – O que foi isso?
PPP2 – Risada assustadoramente estranha, né?
PPP1 – Queimou nosso filme!!!

MARIBEL (chorando) – Socorro! Socorro! Socorro!
MABEL – Será que ninguém vem salvar a gente?
ISABEL – Calma Mabel, os marinheiros vão vir nos salvar.
TATIBEL – É claro! Eles são nossos amigos!!!
CLARABEL – Socorro, Sebastião, Julião!!!

NARRADORA – Pluft se aproxima devagarinho!

PLUFT – Olá!
As meninas desmaiam ao ver Pluft
PRIMA – Pluft, você assustou as meninas?
PLUFT – Mas eu tenho medo de gente, prima.
AMIGA – Mas você tem medo delas?
PLUFT – Delas não, mas daqueles piratas eu tenho.
TIA VIVI – Eles não vão voltar tão cedo.
As meninas acordam
PRIMA – Como é que vocês se chamam?
PLUFT – Pluft!
MARIBEL – Eu sou a Maribel!
ISABEL – Eu sou a Isabel! Todas se apresentam.
PLUFT – Vocês são gente, né?
TATIBEL – Nós somos gente sim! E você o que é?
CLARABEL – Já sei, você é um fantasma!!!
MABEL – Engraçado, você é um fantasma, de você eu não tenho medo!
PLUFT – Nem eu de vocês, engraçado...
MÃE – Pluft, elas já acordaram?
ISABEL – Sua mãe também é um fantasma?
MARIBEL – E seu pai?
PLUFT – Meu pai era o fantasma da ópera!

Música do fantasma da ópera - CENA DO FANTASMA DA ÓPERA
AMIGA – O Fantasma da Ópera vivia escondido em uma casa de Ópera em Paris, no século 19.
PPP1 – Ele planejava se aproximar da cantora Christine.
PRIMA – Usava uma máscara para esconder um defeito em metade de seu rosto.
TIA VIVI – O Fantasma criou um plano para manter Christine ao seu lado.
ISABEL – Mas o produtor da casa da Ópera conseguiu destruir o Fantasma.
MARIBEL – E o Fantasma largou o teatro e virou o pai de Pluft.

PLUFT – Então quando papai morreu a família teve que vir morar aqui com a Tia Camile.
TATIBEL – Quem é Tia Camile?
PRIMA – Ela fica aqui dormindo, era fantasma de Navio Fantasma.
ISABEL – Será que era o navio do vovô?
MABEL – O Capitão Bonança Arco-iris?
PLUFT – Isto mesmo!!
MARIBEL – Que coincidência!
CLARABEL – A sua tia e nosso avô...
TODAS – Trabalharam no mesmo navio!!!
Cena do pastel
MÃE E VIVI – Meninas, vocês aceitam pasteis de vento?
MARIBEL – Muito obrigada, senhora Fantasma!
MABEL – A senhora é muito gentil.
ISABEL – Estou tão nervosa que nem posso comer.
MARIBEL – Tenho medo dos Piratas Pernas de Pau.
TATIBEL – Eles querem ficar com o tesouro do vovô Bonança e nos levar para o mar.
MARIBEL – E nossos amigos Sebastião e Julião que iriam nos salvar desapareceram.
TIA CAMILE – Pastel!!!
AMIGA e TIA VIVI – Esses pasteis são deliciosos!
Todas as meninas agradecem. Todos comem pastel.
PRIMA – Onde estão seus amigos.
PLUFT – A tia Camile pode ajudar!
PRIMO – De jeito nenhum, ela só gosta de dormir e de pastel de vento.

NARRADORA – Nesse instante os Piratas estão voltando. Pluft e a família fantasma, com grande aflição, ajudam a amarrar as meninas, enquanto se ouve o som dos Piratas Pernas de Pau. Pluft e sua família desaparecem.

CENA dos Piratas - Os fantasmas se escondem
PPP 1 – Ah, vocês estão acordadas?
PPP2 – Pois podemos procurar o tesouro.
PPP1 – Você não sabe onde colocou as lanternas né.
PPP2 – Ih, o vento apagou as velas. Vamos começar a busca no escuro mesmo.
PPP1 – Achei a espada do grande Capitão Bonança.
PPP2 – Ah, aqui está o baú do velho Bonança!

MABEL – AHHHH (Grito)
PPP1 – O que há, menina?
PLUFT – Buhh
PPP1 – Quem está aí?
PRIMA e AMIGA – Ahahahah (risada assustadora)
PPP2 – Quem está rindo?
PPP1 – Quem ousaria rir dos Piratas Pernas de Pau?
Todos os fantasmas riem enquanto os piratas abrem o tesouro e os marinheiros vão chegando perto do palco.

NARRADORA – Entram os marinheiros que são meio desorientados.

SEBASTIÃO – Deve ser aqui, veja no mapa, Julião!
JULIÃO – Veja você, Sebastião.
SEBASTIÃO – Uma casa perdida na areia branca, perto de um mar verde. Deve estar por perto, pega a luneta, Julião.
JULIÃO – Estou vendo um mar calmo com algumas espuminhas brancas...
SEBASTIÃO – Então vamos!!!
OS DOIS – Um por todos, todos por um!!!

NARRADORA – Os piratas abrem o baú.

PPP1 – Uma foto de todas as netas?
PPP2 – Uma receita de pastel de vento??
TIA VIVI – Mas só nós sabemos a receita do pastel de vento!

PPP1 – Uma rosa murcha???
AMIGA – Essa foi a rosa que o Capitão Bonança deu para a esposa dele quando casaram.

PIRATAS – Cadê o ouro????!!!
PRIMOS – Só nós sabemos onde está o ouro!

NARRADORA – Certo, mas achando o ouro, quem será que tem o Direito legítimo de ficar com ele? Deve ter um testamento!

FANTASMAS – Nós somos os donos legítimos!
PIRATAS – Esse ouro será todo nosso!
MENINAS – Mas nós somos as netas e herdeiras!

ISABEL – Então eu sei como resolver isso!
TODOS – Batalha de RAP!!!

PPP1 – Com minha espada suas cabeças serão arrancadas! Ela está afiada, se liga, vocês estão lascadas.
CLARABEL E TIA – Não quero respirar o mesmo ar que você, está contaminado e nós queremos vencer.
PPP2 – Nós somos os piratas da perna de pau, se liga nessa parada que nós vai ganhar legal!
TATIBEL E PRIMA – Qual é a de vocês? Eu só quero saber. Se demorarem mais um pouco vamos botar para correr!
PPP (Os dois) – Vocês precisam nos dizer onde está a herança do avô de vocês, o Capitão Bonança.
MARIBEL – O ouro está no fundo do mar
MABEL E ISABEL – Vocês dançaram, porque nunca vão pegar!

Os piratas chamam o ghostbuster Rodrigo
PPP2 – Vamos chamar os caça-fantasmas! Dá licença! (Pega o celular da mãe do Pluft e liga para os caça-fantasmas).
RODRIGO AMARIZ entra de caça-fantasma – música dos caça-fantasmas

Momento encenado – Entra o caça fantasma, os fantasmas se assustam, mas os marinheiros aparecem e atrapalham o caça-fantasma. Os marinheiros conseguem enrolar o caça-fantasma junto com os piratas.

MENINAS E FANTASMAS – VIVA! VIVA!
MARINHEIROS – Foi tudo friamente calculado.
NARRADORA – E assim termina a nossa história, e vocês todos já podem ir embora!

AGRADECIMENTOS FINAIS

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